domingo, 19 de janeiro de 2014

Relatos - Travessia da ferrovia do trigo. Guaporé/Muçum


Certo dia olhando site www.mochileiros.com, acabei achando um link para uma matéria do blog Vagabundo Profissional: http://vagabundoprofissional.com/2013/05//10-desculpas-esfarrapadas-que-as-pessoas-usam-para-nao-viajar/. No mesmo momento em que acabei de ler a matéria abri um calendário e escolhi uma data: 19/07/201319/07/2013. Antes mesmo de saber o meu destino, decidi que iria de qualquer maneira: sozinho, de ônibus ou chovendo ácido. O próximo passo seria escolher o local, afinal, para quem tem trabalho na segunda-feira, viajar sem rumo é meio complicado. Descobri também que na internet a gente acha milhares de locais e pessoas falando sobre eles, dando dicas, contando histórias como essa que lhes escrevo. Acabei achando a Travessia da ferrovia do trigo, entre Guaporé e Muçum, trajeto feito pelos trilhos de uma ferrovia ainda em funcionamento, ao todo 52 quilômetros de pura natureza e adrenalina. Convidei várias pessoas mas no final só o meu irmão topou.
Antes da viagem, escolhemos o percurso, entramos em contato com campings e hotéis de Guaporé, verificamos os horários e valores das passagens e avisamos o máximo de pessoas possível antes de sair.

No dia anterior a viagem fomos ao supermercado e compramos nossa comida, com a qual gastamos R$ 31,00, dividido por dois.

- 16x Miojos (fácil de fazer, muito bom)
- 2x Latas de milho
- 2x Pacotes de bisnaguinha 7 boys
- 6x Ovos
- 2x Molhos 3 queijos
- 1x Bolo Nutrella
- 3x Sopas instantâneas


Parte dos alimentos da minha mochila
Consegui em uma lancheria alguns sachês de maionese para comer no café da manha, levamos uma mistura para preparo de suco eletrolítico de laranja, o café solúvel e o açúcar levei em potinhos que já são para esta finalidade faz tempo. E claro não podemos esquecer das barrinhas de cereal companheiras inseparáveis nas minhas trips.

Dentro da minha mochila, a Mountaineer 50+15 da Curtlo, coloquei os seguintes itens:


- 2x Pares de meias extras;
- 1x Roupa de baixo extra;
- 1x Calça;
- 1x Camiseta;
- 1x AnorakStorm Trilhas e rumos;
- 1x Fleece 100% poliéster;
- 1x Balaclava de lã;
- 1x Máquina de comer (Prato alumínio, talheres de alumínio, X MugSeatoSummit);
- 1x Canivete;
- 1x Lanterna com pilhas extras;
- 1x Kit primeiros socorros com remédios;
- 1x Kit para acendimento de fogo (só uso em caso de emergência);
- 1x Kit para cozinha (Mini paneleiro, ClimbGás, mini fogareiro, Corta vento de alumínio);
- 1x Isolante térmico;
- 1x Câmera fotográfica com carregador;
- 1x Carteira com documentos;
- 1x Saco de dormir Micro Pluma Trilhas e Rumos;
- 5x Sacolas de supermercado (Roupas molhadas e lixo);
- 1x Bolsa de hidratação 2 litros;
- Alguns metros de cordelete de 4mm;
- Metade de uma barraca técnica Guepardo (a outra metade foi com o Pedro);
- 1x Kit Reparos (silver tape, agulha, linha)

Meu equipamento com o rango
OBS: Meu irmão levou os equipamentos dele em uma Crampon Tech da Trilhas e Rumos.


Todos os itens foram fechados em sacos com zíper, separados uns dos outros. A mochila ficou super leve com todos
estes itens e a comida, nem cheguei a senti-la durante a viagem.


No corpo usei:


-1x Boné da missão de paz da ONU;
-1x Calça Cargo Trilhas e Rumos;
-1x Camiseta normal;
-1x Roupa de baixo do tipo Boxer;
-1x Bermuda de suplex para jogar futebol (muito boa contra assaduras);
-1x Par de meias
-1x Par de botas Vento Finisterre;
-1x Bastão para caminhada Nautika.


Uma breve explicação sobre a ferrovia:


A EF-491 é uma ferrovia de ligação, conhecida como Ferrovia do Trigo, nome adquirido nos tempos de sua construção na década de 1970. Está localizada no estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
A ferrovia interliga o Tronco Principal Sul em Roca Sales com a Ferrovia Marcelino Ramos-Santa Maria em Passo Fundo. O trecho inicial passa pelo Vale do Rio Taquari, passando pelos municípios de Roca Sales e Muçum. A partir de Muçum inicia a subida em direção a Guaporé, pelas encostas ao longo do Rio Guaporé, passando por Vespasiano Corrêa e Dois Lajeados. Este trecho é repleto de túneis e viadutos, ainda usada por locomotivas movidas a combustível fóssil, estas são gigantescas e parecem não terminar nunca. 

O grande dia

No dia 19 de julho de 2013 as 18 horas eu e Pedro Matiotti, nos dirigimos até a rodoviária de Porto Alegre, onde compramos as passagens para Guaporé, no valor de R$ 40,50 cada. Saímos de Porto Alegre as 19 hs rumo ao nosso destino, o transito parou em um dos trechos da viagem porém tudo foi muito tranquilo. Dormi quase que a viagem toda e fui acordar só quando chegamos em Guaporé.

Hotel Rocenzi

Chegamos à cidade por volta das 23hs. Precisávamos chegar na Rua Aurora, pedimos informações às pessoas que estavam na rodoviária, até mesmo para alguns motoristas, porém, as poucas pessoas que falaram conosco não sabiam nos informar. Lembramos então em ligar para o hotel para que nos dessem as coordenadas de como chegar ao nosso destino. Como não havia nenhum lugar aberto para comer, preparamos um miojo e nos arrumamos para dormir. Pela manhã, tomamos um bom café no hotel, acertamos o pernoite e saímos.

Hotel Rocenzi



A Avenida Principal

Caminhamos por uma das avenidas principais de Guaporé, mais uma vez tudo deserto, pudemos notar que por lá não existem placas indicando os nomes das ruas e que a cidade é muito forte na produção de lingerie e jóias, tanto que la existe uma feira disso: http://www.mostraguapore.com.br.

Avenida Principal
Chegamos no portal da cidade, atravessamos a rodovia e subimos a esquerda, já estávamos nos trilhos, notamos vários dormentes e pregos antigos (falei para o Pedro: o pai ia ficar louco aqui hehehe), passamos por uma locomotiva de reparos, pronta para ir realizar seu trabalho.

Portal da Cidade de Guaporé

Dormentes e pregos antigos retirados das manutenções

Locomotiva de reparos
Maldito cascalho

Logo de início paramos para bater uma foto junto a estação ferroviária de Guaporé, totalmente abandonada para o seu propósito, servindo de abrigo para moradores locais. De cara sentimos o que é realmente caminhar pelo cascalho, tarefa nada fácil para mochileiros inexperientes: o pé pisa sem firmeza, cansa, se não tiver um bom calçado, machuca. Nesse quesito minha bota Finisterre da Vento (Nômade) matou a pau, manteve meu pé na boa a viagem toda. Outro fator que complica são os dormentes do trilho, ou tu pisa no cascalho ou pisa nos dormentes, se tu escolher a opção dois, se prepara para dar passos menores que a tua perna ou pisar errado e correr o risco de torcer o tornozelo. Mais uma vez a minha bota foi muito útil, evitando esse problema.
Por se tratar de uma zona às margens de uma rodovia que passa pela área urbana, muito lixo foi avistado nos beirais do trilho, imagem de entristecer os olhos de qual quer viajante (consciente). Logo que saímos do do perímetro urbano, alguns fazendeiros ficaram nos olhando curiosos, tentando porque agente estava fazendo aquilo. Um até falou: " Mas que vontade de sofrer hein", rimos da situação.
Seguimos e passamos por baixo de uma passarela, paramos para bater uma foto, tri faceiros, o tempo começou a se fechar, Logo no início da manhã o céu já estava nubladão e começamos a temer pela chuva, porém não estava muito frio então continuamos tranquilos. Felizmente, água é um recurso que não falta: fontes, nascentes e riachos são frequentes no trajeto: andamos um pouco e avistamos uma pequena queda onde seu curso passava por baixo dos trilhos. Pausa para foto.

Saindo de Guaporé

Foto tri faceiros

A escuridão

Andamos um pouco mais e avistamos o primeiro sinal de túnel, a placa informava: "Túnel a 200 m", involuntariamente começamos a caminhar mais rápido, loucos para ver se realmente era escuro como falavam nos outros relatos. A primeira vista a borda do túnel é inacreditável, imponente, sombria, solitária, lá dentro não se enxerga nada, só se vê os trilhos até onde a luz chega e depois pretume. Na borda vimos uma placa bem velha informando o comprimento: "529 m", pensei " PUTA QUE PARIU é muito túnel", nem sabia o que estava por vir. Mal chegamos na borda e já começamos a sentir aquele ar carregado e úmido, barulho só das gotas e do vento encanado. A sensação é de não ter pra onde correr caso venha um trem, mas os espaços são bem largos nas laterais, além de existir uma mureta onde podemos nos abrigar, sem falar dos guarda vidas e grutas pelo caminho. Infelizmente ainda avistamos lixo jogado por burros que passaram por ali.



529 metros
Caminhando na mureta

Pretume

Guarda vidas
Por se tratar de uma rodovia muito longa, e a manutenção, na sua totalidade quase inviável em poucos espaços de tempo, algumas partes tem os trilhos gastos pela passagem dos trens, fazendo com que esporões se soltem e fiquem protuberantes, uma armadilha pra quem não está habituado. Caminhar no escuro e cravar uma ponta na perna ou se cortar é relativamente fácil, então cuidado.


Esporões

Esporões

Esporões dentro de túnel
Conforme íamos andando a escuridão ia nos envolvendo, de forma a não enxergarmos a ponta do nosso nariz, e atrás de nós a entrada ia se tornando só um pontinho no meio da escuridão. Como a maioria dos tuneis são curvados, logo não víamos mais luz alguma; apenas quando nos aproximamos da outra extremidade conseguimos enxergar a luz refletindo nos trilhos curvados.



Olhando para traz

Olhando para frente
Caminhamos até sair do primeiro túnel e mais a frente a primeira vista para o vale, nem chegamos perto do fim e já estava valendo muito a pena ter ido até lá. Uma montanha de cascalho para suportar os trilhos e lá embaixo um córrego correndo forte, o som da água era bem alto, nesse momento ouvimos um barulho de trem: 




Com o alarme falso seguimos até chegar em um túnel ainda maior, demorou pra chegar ao outro lado, mais pra frente íamos descobrir tuneis de 1,2 km até o maior de quase 2,5 km. Neste maior avistamos uma luz, achamos que era a saída, pfff que nada, um poço que devia estar lá antes do túnel ser construído, deixando a luz passar. Bem mais adiante, perto de uma vila, o primeiro trem passou por nós, gigantesco e barulhento, o Pedro fez sinal para o maquinista puxar a buzina , e o cara puxou, foi muito massa, não parava mais de passar trem, o dia já tinha valido a pena.





Algo para beber

Tenho na mochila um reservatório com torneira para até 2 litros de água, o que acabou sendo pouco para a viagem, entre alguns goles e as refeições se vai todo o liquido. Porém no trajeto a natureza oferece várias possibilidades de obtenção de água, como havia falado anteriormente. Córregos, cascatas, escorrendo do barranco e até saindo de dentro da pedra. Sem falar nos cactos e outros métodos menos comuns. Um fato importante a se lembrar nestas ocasiões é levar uma cartela de Clorin para limpar a água, por mais pura e cristalina que seja pode conter algum tipo de bactéria ou sei lá o que, algum bicho morto pode estar na margem do riacho logo acima do ponto onde tu está, e aí? diarreia não dá!! então toma cuidado com a água que tu toma. As pastilhas de Clorin são muito eficientes e economizam gás pois não precisaremos ferver a água, basta adicionar 1 comprimido em um litro e esperar em torno de 45 minutos ( embora na embalagem diga 30 ).

Coletando água da encosta

Cactus

Água saindo de dentro da pedra




Ponte ou viaduto

Caminhando neste percurso construções impossíveis de não ver, sentir e contemplar são as pontes. Ou serão viadutos? Viadutos, assim como aquedutos e eletrodutos, que são meios de algo passar, passa uma via, ou ferrovia, e não tem água passando por baixo. Já por baixo de uma ponte, existe um rio, lago, mar ou sei lá mais oque. Então pelo caminho existem pontes e viadutos, só que nem tudo são flores: "á eu vou fazer esse trekking por que é tranquilo, diferente de escalada que tem altura, tenho medo de altura", meu velho se tu sente vertigem, se sente muito medo quando sobe a grandes alturas, te prepara, pois os viadutos metálicos não são pra qualquer um, nada menos que 30, 40 50 cm de distância entre um dormente e outro, fazem com que a concentração na hora da passada seja extrema. Agora, basta dar uma parada no meio para fazer valer a pena, a visão é linda e a sensação é fora de sério. Estes viadutos, sobre os trilhos comportam apenas o trem, caso o dito cujo apareça o vivente terá que correr até um guarda vida suspenso ao longo da extensão do viaduto.

Espaçamento entre os dormentes





Já nos viadutos de concreto a coisa é mais tranquila. O máximo que pode acontecer e enfiar o bastão nos escoamentos de água e adeus bastão, por isso fiquem espertos.Paramos um momento para aliviar os pés e o Pedro aproveitou para fazer curativo nos "aliens" que estavam saindo dos pés, sempre é bom cortar bem as unhas e usar calçados adequados para este tipo de viagem, o que não era o caso dele.




Alien no pé
Montando o campo

Turistas que estavam no camping
Paramos para almoçar no Camping que tem à beira da ferrovia, (infelizmente não me lembro do nome do dono, que foi super educado, e receptivo). Notamos que o tempo começou a fechar, ali mesmo a chuva começou. "Seguimos ou ficamos?" Resolvemos seguir, uma galera que estava no Camping seguiu conosco, mas para nossa infelicidade eram todos turistas, jogando lixo no chão fazendo algazarra.  No meio do caminho paramos pra colocar as capas e anoraks pois a chuva apertou, pelo caminho, avistamos vários bons locais para montar a barraca mas sempre achávamos que estava bom pra caminhar e resolvemos seguir. Começou a escurecer, já eram em torno de 18 hs, sentimos que aquela era a hora de procurar local para ficar, nada, só cascalho e barranco, ou túnel. Não tínhamos mais escolha "vamos aqui mesmo", o chão era cascalho puro seria um martírio dormir ali, porém ao longo do caminho existe uma espécie de junco seco, recolhemos o máximo que conseguimos e montamos uma cama, além de proteger das pedras, fez o isolamento, ficou melhor que cama. Montar a barraca técnica (Everest Guepardo) em cascalho é tarefa para os fortes, como ela não fica em pé sozinha, e não tínhamos como cravar os espeques no chão amaramos nos trilhos, em tocos, improvisamos como deu, no fim conseguimos montar, não ficou muito bom mas funcionou. Como o local onde estávamos era um barranco para os dois lados o jeito foi montar a barraca ao lado dos trilhos e torcer para o trem não passar e levar tudo. A chuva castigou nessa noite, e estávamos dois em uma barraca pra uma pessoa, com os equipamentos. Eram 19:30 quando peguei no sono, quando bateu 23 horas, o Pedro me acordou, dei um pulo de susto com o barulho do trem e da buzina, me encolhi pensando pelo susto: "não leva tudo, não leva tudo" e o maluco do Pedro com a cabeça pra fora olhando o trem e berrando " QUE AFUDÊÊÊ". O barulho era muito forte, o chão tremia, a barraquinha se sacolejava toda. Quando o último vagão passou o vácuo levou o som e o silencio ficou absoluto. Voltei a dormir, meia noite: o Pedro me acordou de novo pois ia passar outro trem, desta vez foi mais tranquilo. Olhei para ele e gritei " QUE FODAAA".




Cama de palha para proteger do cascalho







De manhã abrimos a porta da barraca e o vale estava nos brindando com aquela vista maravilhosa, porém ainda chovendo. Desmontamos o acampamentos e rumamos para a entrada do túnel para preparar o café da manhã. Bisnaguinhas com maionese e café preto (quer melhor? vai pra hotel), recolhemos o lixo e seguimos.






Aquele túnel que estávamos era o TÚNEL DA JANELA, no meio do seu comprimento existem aberturas, saímos por elas e seguimos uma trilha até chegar em uma cachoeira, estava tudo desbarrancado devido à chuva, mas mesmo assim muito legal. Perguntei para o Pedro: "Porque uma pessoa vem até aqui para pichar as paredes?" Ele não soube responder, ainda estou sem respostas.
Retas que pareciam infinitas, terminavam em túneis que saiam em pontes e depois mais retas, mas o percurso sempre mudando e sempre surpreendendo, alguns urubus nos acompanharam por um trecho, avistamos várias vezes o símbolo da engenharia do exército brasileiro que construiu os tuneis e pontes, placas avisando que era proibido andar nos trilhos e desenhos nos trilhos que podem ser confundidos com muito trabalho de algum artista. Alguns trechos a rocha era de um tom laranja, fazendo pensar se não existia ferro ali, pois a água o fazia enferrujar, algumas vezes nos deparamos com as alavancas de mudança do trilho, tentamos mudar mas faltava alguma peça em todas elas.




Brasão da Engenharia do exército

Arte no dormente

Companhia 

Pedras alaranjadas

Alavancas de mudança

Chegando ao destino

Por fim chegando a Muçum, pausa para foto clássica na placa, começamos a procurar um cravo para levar para o pai, passamos pela estação ferroviária, também abandonada, tiramos uma foto e seguimos, fomos achar o cravo só no viaduto 1. Descemos para a Muçum e fomos em direção a estação rodoviária, compramos as passagens e preparamos o almoço na praça da cidade.
Voltamos para casa no dia 21/07/2013 com muitas histórias pra contar e com os ânimos recarregados, aprendemos muitas coisas durante a viagem, como: não deixa pra depois para montar acampamento, se achar um lugar bom fica lá, é muito importante levar um toldo pequeno, tênis adequado mais ainda. Hipoglós pra que se tenho uma bermuda suplex?








 Investimento da viagem por pessoa

Passagens Viamão/Porto Alegre ida e volta: R$ 6,90
Alimentação: R$ 15,50
Passagens ida e volta: R$ 81,00
Pernoite em hotel: R$ 45,00
TOTAL: R$ 148,40


Espero que tenham gostado do relato, em breve mais trips, mais histórias, mais dicas.


24 comentários:

  1. Da vontade de fazer essa caminhada! Muito legal!

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  2. o Galera a ferrovia ta no papo, quando quiserem marcar pra conhecer só gritar

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  3. Muito legal o relato. Só uma dúvida, quanto tempo durou?
    Pq no início do texto diz que vcs sairam de Poa dia 19/7, e no final diz que voltaram para casa no dia 20/7.
    Valeu!

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    1. Obrigado por acompanhar o blog Lucas. Foi uma falha de digitação, voltamos no dia 21, já corrigi. Para completar o percurso caminhando tu precisa de pelo menos dois dias. Já para conhecer tudo, desbravar e ir bem na calma, pelo menos três.

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  4. Muito bom todo relato sobre sua jornada! Parabéns para os dois! Quero ir na próxima!

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  5. Muito bom, Rodrigo e Pedro! Já tinha visto as fotos e achado muito interessante. Mas agora, no Blog, ficou show o relato! O texto ficou muito bom, pois o conteúdo está bem disposto, e as fotos, excelentes dando a oportunidade de o leitor ter a sensação de estar lá! Parabéns pela realização. Ah...tem algum perigo nessa caminhada?

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    1. Obrigado por acompanhar o blog tsaventura.com.br, Adriana Diniz. Por se tratar de uma caminha em um local isolado, sem sinal de telefone, e ser em uma ferrovia, existem sim alguns perigos. A passagens nos viadutos é bem delicada, a caminhada, por ser em cascalho, é bem difícil, podendo causar lesões, podem haver cobras, aranhas e por aí vai . Porém em viagens como esta procuramos sempre mitigar, e evitar estes perigos, respeitando a natureza e utilizando o equipamento adequado, sempre com muita responsabilidade. A experiência também ajuda bastante neste caso. Gosto de comentar sempre quando há este tipo de pergunta: Se deixarmos de fazer aquilo que gostamos por causa dos perigos o nosso mundo será a nossa casa. Uma coisa eu te digo, nada do que fazemos é sem planejamento e responsabilidade, procuramos sempre avisar o max de pessoas, pegar o contato dos bombeiros, coletar informações sobre o percurso em outros fóruns, adquirir mapas e tracklogs, kit de primeiros socorros assim como noções a respeito e por aí vai. Se houver qualquer outra dúvida sinta-se a vontade para perguntar.

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    2. Obrigada pela resposta, Rodrigo! Estou mais tranquila agora!

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  6. O nome do carinha do camping é Clair Scarton, ele é dono co camping casa da ferrovia que fica ao lado do viaduto pesseguinho!!!
    Muito legal o teu relato, só esqueceu de falar que tu passou pelo segundo maior viaduto do mundo, o viaduto 13. E o maior viaduto ferroviario das américas, o viaduto mula preta!!!
    Já fiz essa viagem uma 6 vezes, em todos os sentidos, sozinho, ida e volta, acompanhado, de galera!!!
    Muito legal ver o relato por outras pessoas e pensar que já passei por tudo isso.
    A hora que vocês filmaram o trem, foi exatamente no lugar onde parei pra tomar meu café da manhã na segunda vez que fui fazer essa caminhada... Muito legal!!!!
    Grande relato!!! Uma hora dessas a gente marca um café no mercado pra contar um pouco dessas histórias e marcar alguma juntos!
    Grande abraço... SAPS
    Alex Montanhista.

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    1. Obrigado por acompanhar o blog tsaventura.com.br, Alex Montanhista. Cara como foi a primeira vez que fomos no percurso não sabíamos os nomes e locais dos viadutos, mas com certeza quero aprender. Em relação ao café só chamar cara, e para as trips e bushcraft ja falei quando tiver vaga só prender o grito, pois pra mim o que falta é parceria mesmo.

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    2. olá gostaria de umas dicas para essa travessia, me add no whatts, abraço
      055 9938 3583 tatuador éks

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  7. Quando farão outro trekking no RS!
    Achei bárbaro esse q vcs fizeram...faço escalada, rapel e trilhas, mas fazia em Curitiba onde morei...

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  8. SHOWWW.....LUGARES SENSACIONAIS...E PARA QUEM CURTE FERROVIAS ENTÃO....

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  9. fiz essa travessia em março de 2012 sozinho, levei 2 dias. São 46 km, andei 18 no 1.o dia e 28 no 2.o, dormir sozinho no meio do nada não foi nada agradável. Uma grande diferença em relação a este relato foi a questão água, passei muita sede, fazia mais de 20 dias que não chovia e as fontes e mangueiras estavam todas secas. Mas valeu muito, o lugar é muito bonito!!!

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  10. Rodrigo,

    Parabéns pela aventura! Fotos muito legais! Bom saber que adeptos ao trekking estão se lançando cada vez mais à Ferrovia do Trigo! Só achei um pouco arriscado o acampamento à beira da ferrovia!

    Já percorri ela 5 vezes, todas partindo de diferentes destinos (tem variantes e side-trips muito boas). No ano passado estive com um amigo de Salvador, se quiser conferir o relato da aventura: http://edvercarraro.com/travessia-ferrovia-do-trigo-mucum-guapore/

    Bons ventos!

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  11. Olá, faz bastante tempo que desejo fazer essa trilha, más infelizmente por falta de parceria, ainda não consegui, estou pensando em fazer com minha esposa e meu filho de 12 anos, se alguém mais se pilhar podemos combinar.Abc.

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  12. Ola, acho muito interessante essa ferrovia, quero fazer a travessia dela no final do ano, gostaria de saber algumas curiosidades sobre ela, quantos tuneis e quanto viadutos tem? como são 52km, caminhando com calma de vagar quantos dias leva para completar ela? se puderem me ajudar! agradeço desde ja!

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  13. Por acaso está turma ae anima ainda em fazer este projeto? Se sim teriam uma chance de fazer no futuro? Sou do RS e admiro muito eta travessia e gostaria de ne juntar a vcs para faze-la. Hoje é 10 de setembro de 2016. O vídeo que assistir de vcs era de bem antes disso,mas aposto que vcs tem vontade de fazer o trajeto pelo resto de suas vidas. Se for fã,e de novo e não s importarem de mks 2 desconhecido porém gente de confiança junto.ageadecemos

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  14. Correção, não somos do RS n foi digitado erroneamente aí emca no testo. O correto é ES.

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  15. Muito bom o relato.
    Fiquei na dúvida se vcs passaram por dentro de todos os tuneis? Já estive em alguns e vi que são muito extensos,se puderem me responder agradeço.

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    1. Olá amigo, obrigado por acompanhar o blog, Sim passamos por dentro de todos, alguns com mais de 2km de extensão bem louco, hehehe

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  16. Este comentário foi removido pelo autor.

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  17. ola galera meu nome Helvis Nunes so de santa Catarina da cidade Lauro Muller cidade da serra do rio do
    rastro. umas das estradas mas bela do mundo. e dia 20 de janeiro de 2018 temos de feris eu e um amigo meu de viagem de moto Elizeu Mendonça de saída ate viaduto 13. são quase 500 km ate ai no viaduto 13 temos ansiosos pra conhecer essa pela obra. e também pessoal ai dessa terra maravilhosa RS E essas bela natureza.
    vamos por as moto p rodar esse belo passei aqui fica au meu abraço a esses eleitores muito obg

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